A longa circulação da expressão “tem pouco homem” em Belo Horizonte finalmente recebeu suporte em números tangíveis, graças aos dados liberados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Censo 2022, divulgado em 27 de outubro. Os resultados relativos ao sexo e à idade da população destacaram que a capital mineira apresenta uma discrepância notável, com uma proporção de 86,8 homens para cada 100 mulheres. Traduzindo em números absolutos, isso significa 1.239.813 mulheres em contraste com 1.075.747 homens, resultando em um superávit de 164.066 mulheres na cidade.
O IBGE esclareceu que uma “razão de sexo” abaixo de 100 indica uma preponderância do sexo feminino, enquanto valores acima de 100 sinalizam que as mulheres são minoria. Essa assimetria é em parte resultado do envelhecimento demográfico, uma vez que as mulheres, em média, apresentam taxas de mortalidade mais baixas em todas as fases da vida.
Em contrapartida, o município de Conceição das Pedras, localizado no Sul de Minas Gerais e com uma população de 2.800 habitantes, se destaca como o local no estado com a maior proporção de homens em relação às mulheres, com 114,55 homens para cada 100 mulheres.
Aqui está o ranking das 5 cidades em Minas Gerais com a maior proporção de mulheres:
Belo Horizonte – 86,8
Juiz de Fora – 88,7
Além Paraíba – 89,5
Governador Valadares – 89,9
São Sebastião – 90,2
E a lista das 5 cidades com a maior proporção de homens:
Conceição das Pedras – 114,6
Vargem Bonita – 114,3
São Joaquim de Bicas – 114,2
Toco do Moji – 114
Ipaba – 112,6
Embora algumas cidades apresentem uma proporção maior de homens, a tendência geral em Minas Gerais segue a nacional, com as mulheres representando a maioria. No estado, que conta com uma população total de 20.539.989 habitantes, as mulheres compõem 51,2% (10.524.280), enquanto os homens somam 48,8% (10.015.709).
O IBGE também observou que, ao longo dos últimos 43 anos, a proporção de homens em Minas Gerais tem decrescido. Em 1980, havia 99,3 homens para cada 100 mulheres, enquanto em 2022, esse índice diminuiu substancialmente para 95,2. Em 2010, o indicador da “razão de sexo” estava em 96,9, indicando uma tendência constante de redução na disparidade de gênero.
FONTE O TEMPO